"Zumbido Bem no Ouvido"


Agora pousa uma Abelha
Ao pé da carente Orelha,
Que deseja ardentemente
O Zumbido superquente,
Que assim apalpando o Ouvido,
Deixa o Corpo enrijecido,
Os Olhos vão se deitando,
Os Pêlos se levantando,
A Boca só se contorce
Ao passo que Abelha torce:
Vai! vai! isso! isso! vai! vai!...
Aí, da Boca sai ai!
O Suor está escorrendo
E o Sangue fica fervendo;
Atiça o maior Desejo,
Que, logo, faz o despejo
Do quente e atraente Mel
Que serve como um Anel.


Ruilendis