"Sombria"


O oposto de Poesia é Sombria,
Que, por ciúme, matou Poesia,
Que vivia em lua de mel com Eu,
Que virou amaldiçoado e ateu.

Eu vive em lua de MELancolia
Já com e como Sombria queria.
Sem espírito, Eu está no apogeu
Da existência, visto que já morreu.

Sombria e Eu se amam dentro dum caixão;
A inspiração de Eu vem da escuridão.

O sopro do vento da madrugada
É o gemido de prazer de Sombria.

Sombria é cavernosa e tem magia
Que acorda a besta da gente (calada).


Ruilendis