"Preso pela Própria Ignorância"


Quem está dentro da tela,
Goza bem a vida fora.
Quem assiste a essa novela,
Torna-se escravo que chora.

Oprimido alimenta panela
E reclama porque é excluído;
Mas, em vez de serrar a cela,
Parado, espera ser reconhecido.

Preso pela própria ignorância,
Cultua imagem como divindade,
Admirando sonhos a distância.

Não procura sua identidade,
Imita e dá valor ao visual.
Humano será mesmo racional?


Ruilendis