"Delicadas Sacrificadas"


São sacrificadas por serem belas,
Quase ninguém pensa se sentem dores,
Mortas-vivas em cima de janelas,
As inocentes e cheirosas flores.

Apagadas, perto de acesas velas;
No funeral, mal se verem as cores;
O sopro as expulsa das caravelas,
Findam-se no tocar de beijadores.

Um pé (de flor) que acaba sob um pé,
No bem me quer, mal me quer, bem me quer...
As pétalas jogadas sobre o piso.

Pense nas dores das flores cortadas!
Um buquê, que arranca um belo sorriso,
É feito do arranco das delicadas.


Ruilendis