"Brando Campo"


Ah! como te venero, brando campo.
Esqueço de tudo logo que deito
Em teus braços. Que momento perfeito!
Sou um morto-vivo assim que te acampo.

Com teu corpo, não preciso de trampo.
Comer só fruta, fico satisfeito.
Nada pode ser melhor que este leito;
Ah! eu me sinto em um céu sem relampo.

Adoro fazer cafuné no mato,
Como fosse uma nuvem de cabelo,
Deixando-me sentir o mais belo elo.

Hum! Ar puro, toque mais meu olfato.
Sou feliz: sem camisa, sem chinelo...
Vivendo no campo, chego ao estrelato.


Ruilendis