"A Língua e o Corpo"
A minha língua é uma brisa quente;
O teu corpo, um território gelado;
Mas, assim que ela passa lentamente
Sobre ele, deixa logo esbraseado.
O prazer dela é arrancar teu suspiro,
Sentir, fazer jorrar o mel fervente,
Que se esconde no profundo retiro.
E todo este território estremece,
Com o vulcão entrando em erupção,
A brisa ainda mais sopra e te aquece.
Para ti, a brisa se enrija e diz:
Tu estás deixando-me furação,
Com este rebolado, que quer bis
Ao exprimir: Vai! preenche-me de tesão.
Ruilendis