"A Bailarina" 


Lá, sozinha,
É uma linha,
A bailarina,
Ágil e fina;
Cheia de sorriso;
Bailando no piso,
Esquecendo os pesares,
Costura bem os ares
Com seu corpo em movimento,
Criando mui meigo vento.
No piso, já faz cafunés
Com os seus delicados pés.
A melodia abraça-a e conduz
O corpo dela, dando-lhe luz.
O suor dela que cai é chuvisco
Que tira do piso um monte de cisco.
Após a costura, ela veste a emoção
Na platéia imóvel, que nem sente o chão.


Ruilendis